7 de novembro de 2015

A Caloira Tenta Perceber A Faculdade #4

Hey cutxis!
Venho falar-vos de algo que me diz imenso: as praxes.
Tudo o que se siga é apenas a minha opinião e a minha experiência.

Sempre fui a favor das praxes. Quando penso em praxe penso em momentos divertidos (quer para trajados como para caloiros) e de experiências diferentes. Há praxes com que não concordo e conheço sítios onde eu não iria admitir ser praxada, porque acho que vai completamente contra o bom senso humano. 
É de salientar que cada caloiro é responsável por si e tem de manter os seus ideias definidos, a partir do momento em que acha que algo não é correto então que diga NÃO. A praxe é voluntária e só ali estamos porque queremos. Por isso, em situação alguma aceito o exemplo do caso do Meco ou das praxes alcoolicas no Algarve como argumento anti praxe, se algo aconteceu e foi tão longe foi porque os envolvidos o permitiram. Caso não concordes o teu direito é negares-te. Sim, estou a repetir esta ideia porque é essencial! Continuas a ser alguém caso não queiras ir à praxe. 

Eu fui e gostei. Não gostei de todas e houve momentos em que eu própria disse não, mas garanto que as que adorei foram em muito maior número. 
Tive praxe de todos os géneros, houve dias em que cheguei a casa cheia de dores de braços por estar de prancha, outros em que estive mais de meia hora a tirar a mistura que tinha na cabeça e outros em que chegava a casa apenas contente porque tinha gostado daquele momento. 
Os dias em que chegava a casa com dores para mim foram os piores dias. Passei praticamente todos os dias de prancha ou a encher. Foram os primeiros dias, os trajados explicavam as "regras" se disséssemos bem as coisas tudo muito bonito, caso errássemos pranche, flexões e berros. Para mim, prancha e flexões até se compreende porque "ah e tal vocês têm de perceber que há uma hierarquia e têm de ter respeito ao traje, etc, etc", mas berros não consigo compreender. Eu não sou nenhum ser inconsciente que não entende as coisas e se tem de estar a gritar para que ele entenda, eu sou um ser humano e gosto de ser tratada como trato os outros: com respeito. 
As praxes porcas começaram depois das "físicas" e estas sim, adorei. Para mim quanto mais porca e mais desafios tiver é sempre mais animado. Gosto de saltar para dentro de um lago nojento, de rebolar em relva, de guerra de balões de água, até de ovos e farinha na cabeça eu gosto! Porque me riu, porque estou livre, porque posso brincar e parecer uma criança. Nestes dias cantar alto é um prazer e não mais uma obrigação para não ter de encher! Para mim estas são os verdadeiros dias de praxe, em que andamos todos sujos e podemos cantar músicas porcas porque somos caloiros. Ser caloiro é para aproveitar ao máximo e para me divertir, não é para passar a tarde a olhar para o chão de cara triste. 
Houve também dias em que não me sujei, mas cheguei a casa cheia de vontade de contar mil e uma coisas às minhas colegas de casa. Eram praxes de jogos, de "vai dizer isto àquele trajado" e de "A caloira está a gozar comigo? PRANCHA!", e ainda de convívio. Foi nessas praxes que comecei a conhecer melhor os trajados e a ligar caras a nomes. Foi em praxes como estas, que sem gritarem (muito!) eu comecei a respeitar o traje e a academia. 

Outro aspeto bom nas praxes em Leiria é o apoio que temos dos trajados. Sempre que algum caloiro não concordava com algo ou não podia fazer uma praxe eles compreendiam e eram os primeiros a chegar-se à frente e a perguntar o que se passava. 

Há ainda o cliché do "As praxes fazem amizade para a vida.", não se são para a vida, mas sei que as pessoas de quem sou mais próxima atualmente são aquelas com quem mais partilhei experiências na praxe. 

Se hoje afirmo com certezas que Leiria é a minha nova casa é devido a muitos momentos e a muitas pessoas que a praxe me ofereceu. 
Decidi só fazer esta publicação apenas um mês e meio depois de a escola começar porque queria dar-vos a minha opinião das praxes depois de ter passado por elas. Apesar de as minhas ainda não terem terminado, já aconteceu o batismo (E EU TENHO OS PADRINHOS MAIS LINDOS) e agora as praxes acalmaram mais. 
Esta é a minha opinião e a minha experiência com este assunto. Gostava de saber o vosso, partilhem comigo!!
Deixo-vos com algumas fotografias das minhas praxes :)

 Estes são a Agostina, o Lucas Paulo e o Nequinho. São os meus objetos de praxe.
A Agostina faleceu e o Lucas Paulo morreu de desgosto, apenas o Nequinho ainda está vivo.
 Das praxes mais divertidas de sempre: SPLASH
Nós e alguns trajados lindos :)
 Nós felizes da vida
Depois da Benção do Caloiro :')
E estas três fotografias são as mais importantes de todas. Os meus três padrinhos, as pessoas que eu escolhi para me acompanharem e apoiarem ao longo destes anos. Tenho o maior orgulho neles e espero que o futuro apenas nos traga sorrisos.

Beijinhos nas bochechas*

1 comentário:

  1. Eu não fui à praxe, sempre disse que não iria. Gente um ano mais velha que eu a mandar-me fazer coisas só porque sim não é para mim. Mas ninguém me chateou ou pôs de parte por ter esta opinião :)

    Perdida em Combate | GIVEAWAY

    ResponderEliminar

Deixa a tua opinião e ideias, prometo tentar compreender!