26 de julho de 2016

Escrevo-vos com os olhos inchados e um nariz a pingar. Acabei de ver Me and Earl and the Dying Girl, encontro-me da mesma maneira como acabei quando vi The Fault In Our Stars e Me Before You. Gosto de filmes que falem de pessoas, mas fico sempre da mesma maneira quando dão a conhecer uma personagem que acaba por morrer. Fico tão revoltada com a vida. Não gosto da morte, não sei como lidar com ela. Revolta-me este momento da vida que não podemos controlar. Dou voltas à cabeça e procuro uma razão para a vida terminar tão cedo. Entendo a morte de pessoas mais velhas, já viveram imenso e tiveram oportunidade para aproveitar todos os momentos, mas e os mais novos? Porquê não lhes dar a possibilidade de viver? A vida não é justa e isso reflete-se em todas as crianças, jovens e adultos que morrem tão cedo. Todos devíamos ter a oportunidade de apanhar uma bebedeira, correr uma maratona ou conseguir o emprego de sonho. Porquê impedir pequenos gigantes de ter um futuro brilhante? Não entendo, não consigo compreender. 
Mas mais que não entender uma morte precoce, não consigo entender os que deixam de lutar. Talvez não entenda por nunca ter passado pela experiência, mas acredito que não há nada como a luta e a esperança. A vida é bonita de mais para deixarmos de tentar, todos os dias são uma conquista, não há momentos iguais, e se hoje estamos em baixo amanhã podemos estar um pouco melhor. Não entendo o porquê de deixar de acreditar. Todos os dias valem a pena, nem que seja para ver o rosto de quem mais amamos. 
E assim termino este desabafo, já com o nariz menos vermelho e os olhos menos inchados. Talvez este pensamento um dia se altere, mas por enquanto o medo da morte continua apenas me resta viver cada dia como se não houvesse amanhã e aproveitar todos os instantes. Vivam, com ou sem medos. Vivam e arrastem as  pessoas que vos rodeiam para viverem convosco.

1 comentário:

  1. Tb estou a ler o Me before You e já estou a chorar, tb não sei lidar com a morte :x

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