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29 de agosto de 2017

Há livros e livros #3

Hey cutxis!
Há livros e livros, uns melhores que outros. Há livros que nos preenchem para a vida e outros que não coincidem com o nosso ser. Hoje falo-vos de um não tão bom, pelo menos para mim! Desvendo o livro de que vos falo: Nada Menos Que Tudo, de Afonso Noite Luar. 
Comecemos pelo autor. Sinceramente não conhecia e nunca tinha lido nada dele, mas rapidamente as minhas amigas me elucidaram de quem era. Consta então que é o senhor que sabe tudo o que as mulheres gostam e precisam. Escreve textos eróticos reais, não como lêmos nos livros, explica o autor. Afonso é uma personagem fictícia, ninguém sabe quem é na verdade o Afonso. Pessoalmente gosto da escrita do autor, ele sabe usar as palavras, o problema é o livro em si.
Facilmente se pode comparar o Nada Menos Que Tudo ao Prometo Falhar, de Pedro Chagas Freitas. A verdade é que não gostei nada de ler Prometo Falhar e este Nada Menos Que Tudo foi uma leitura semelhante. Passo a explicar o conceito do livro: cada página é uma história, cada página tem uma personagem diferente. E é disso que eu não gosto. Gosto de livros que se iniciem na primeira página e só terminem na última. Gosto de personagens constantes e de se descobrir uma história. Nada disso acontece aqui. E como se não fosse suficiente, ainda há textos que parecem de auto ajuda. Todo um conjunto de situações que não atraem o leitor, pelo menos não me atraem a mim. Nem tudo é mau, como referi antes o autor escreve bem e, quando conta histórias concretas, episódios vividos, aí vocês querem mais, querem saber o que o levou ali e como acabou, não só como aconteceu. 
E não, eu não sou uma dessas vizinhas que o livro fala, apenas acho que comprar um livro para ler apenas 1 página de cada vez não vale a pena, para isso basta seguir o autor nas redes sociais, já temos tudo o que ele pode dar. Sim, estes autores são bonitos para poderemos partilhar as frases ideias e mandar umas dicas para os ex, mas a nível de interesse literário acrescentam pouco. 


24 de agosto de 2016

Há livros e livros #2

O verão é a melhor altura para por a leitura em dia e este foi o melhor livro que li durante esta estação.
Para quem gosta de crimes, distúrbios psicológicos e criticas à sociedade este é o livro indicado. Começamos por descobrir que a protagonista sofre de alcoolismo e problemas familiares, não se dá bem com a mãe e sofre com a falta da falecida irmã. No surgimento de dois assassinatos na sua terra natal é enviada para montar uma reportagem para o jornal onde trabalha. A partir desse momento a história começa a desenrolar-se e conhece-se melhor as personagens. Entende-se a má relação entre a família, os mal dizeres e confusões da aldeia.
O ponto menos positivo do livro foi o assassino ser óbvio, apesar de a escritora me trocar as voltas na parte final, ao longo da história sempre achei a personagem mentalmente perturbada o suficiente para matar as crianças. A parte final do livro foi demasiado chocante e imprevisível, foi quase o encaixar de todas as peças que nos deram ao longo do livro.
Algo que também gostei bastante no livro foi o lado crítico sobre os animais. A posição que a protagonista assumiu perante a empresa da mãe e a maneira cruel como eram tratados os animais. A autora conseguiu incluir este tema controverso com uma posição firme, mas não maçadora para os leitores.  
Se já gostava de crimes, dramas e problemas psicológicos então este livro só veio confirmar o meu interesse nessas áreas. Um livro cativante e muito bom para ler! Se deixou escapar a oportunidade de o ler na praia, pode sempre aproveitar a próxima estação, e lê-lo acompanhado por um delicioso cappuccino! 

Já leste este livro? Não concordas comigo? Dá-me a tua opinião!
Beijinhos nas bochechas*

4 de abril de 2016

Há livros e livros #1

Hey cutxis!
Dou hoje início a um tema novo! Há livros e livros vai ser o local onde vos irei falar das minhas maiores desilusões e das minhas maiores paixões literárias. Podem acompanhar todo o meu percurso literário no blog 15 Minutos Para As Duas, se for um tema que vos agrade.

Para dar início vou começar com um livro terminado hoje: 


Acabei de terminar o livro Segue o coração, Não olhes para trás, de Lesley Pearse. Foi talvez o maior livro que li na vida, mas dos que mais me marcou.
Sou uma amante de romances, história e biografias. Este livro reune um pouco de tudo isso, conta-nos a história de Matilda Jennings, fala-nos sobre a evolução da América, sobre a escravidão, e a emancipação feminina, e ainda nos apresenta inúmeros romances repletos de drama. Tem tudo o que precisa para ser um livro interessante, contudo o que lhe dá tal valor é a escrita da autora. Uma escrita rica e ponderada, que gosta de dar a conhecer todos os pormenores relevantes. Foram os detalhes descritos e as trocas narrativas no momento certo que me conquistaram de página para página.
A história que Lesley nos apresenta com esta obra é profunda e tocante. Matilda é uma rapariga pobre que vende flores para ganhar a vida, em Londres.  Um dia, salvou uma menina da morte e esse acto deu-lhe emprego como ama. Abandonou a família e os suburbios e passou a trabalhar a tempo inteiro para essa criança. Quando a família decidiu deixar Londres e ir para os E.U.A. Matilda embarca com eles na viagem. Passou de empregada a amiga da família e suportou todas as adversidades e as conquistas que a estadia com os Milson proporcionou.  Foi uma mulher de algumas paixões, mas a sorte nem sempre esteve do seu lado. Aventureira e sem se contentar com o pouco, a jovem Matilda seguiu sempre o seu coração e assim fez a sua vida, dessa maneira passou de uma vida reles a uma posição de respeito em São Francisco.
O lado caridoso e todas as boas ações que fez conferem a esta personagem um valor especial. Matilda é uma inspiração para qualquer pessoa, mas em especial para as mulheres. Em pleno século XIX luta contra a pobreza, contra a prostituição, a escravidão e pelos direitos das mulheres.  Nunca se esqueceu do que era viver numa casa partilhada com outras famílias, mas soube adaptar-se a todas as mudanças. Enfrentou bastantes mortes, mas teve sempre coragem para continuar a lutar pelos mais desfavoráveis. Este é um exemplo de personagem que todos os leitores devem tentar representar na vida real.
O livro está repleto de amor, drama, de vidas vividas e de fins inesperados. É um livro digno e que merece inúmeras leituras. Por mais anos que passem ele continua a ter a força e o impacto necessários. Nós, leitores, devemos deixar que ele nos toque e que, inspirado por ele, façamos boas ações e mudemos vidas. Sem dúvida que é um dos melhores livros que já li.


Já leste este livro? Não concordas comigo? Dá-me a tua opinião!
Beijinhos nas bochechas*