22 de maio de 2012

4deNovembrode2011


Sai da escola e só pensava que teria de ir para o autocarro e iria apanhar uma grande seca, por sorte trouxe o mp4.
Música, o que seria eu sem música?
É na música que me enterro quando me sinto mal, é a compor que desabafo, é a dançar que me liberto e a cantar que evito as lágrimas, porém hoje nem a música me conseguiu evitar as lágrimas.
Lá ia eu no 20 minuto dentro do autocarro, as lágrimas escorriam-me pelo rosto e a maquilhagem ia-se desfazendo em rios pelas minhas maças do rosto abaixo.
Não me consegui conter, os sentimentos do dia de hoje foram demasiado fortes.
A maneira como lhe olhas-te nos olhos e como me desprezas-te, não é habito teu fazeres isso. Não quero por as culpas em ti mas eu também não consigo lidar com tudo.
Precisava que me abraçasses sem me julgares, que me beijasses sem arrependimentos e que nunca me dissesses adeus.
A semana lá foi passando sem ti, e hoje que finalmente te vi sempre que me dirigis-te palavra nunca foi daquela maneira doce $:
O autocarro parou e só ai percebi que tinha os olhos inchados. Levantei-me rapidamente do meu lugar e voei para dentro de casa, tranquei-me no quarto, pus a música aos berros, abri a janela e nesse momento lembrei-me da maneira como tu me beijavas, no cheiro do teu perfume, nas palavras mais doces que me dizias, na maneira como me animavas e fui parando de chorar enquanto pensava nas tuas capacidades de me fazeres feliz. Foi assim que percebi que a melhor maneira para não me ir abaixo com as tuas desilusões é pensar em todos os momentos em que já me fizes-te sorrir.

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