16 de abril de 2016

Viver entre livros é algo que me agrada imenso. O cheiro a novo e as páginas marcadas de um já relido. Compará-los a pessoas é algo tão comum, todos temos uma história. Todos começamos de pequenos, já imensos nos adoram, mas apenas aos nossos criadores pertencemos. Os anos passam e as nossas histórias cruzam-se com tantas outras, compreendemo-nos e completamo-nos. Viramos a página e, por vezes, nem nos apercebemos. Há momentos em que apenas observamos e descrevemos e outras e que a ação decorre tão depressa que não conseguimos fechar o livro. Podemos ser um Eça de Queirós ou um Álvaro de Campos. Agora queremos tudo, um amor intenso, um emprego brilhante, um crime perfeito. Agora não queremos nada, não queremos a dor nem a tristeza, as discussões não são precisas e as mudanças também não. O certo é que chegamos ao fim e, se nuns casos é um alívio noutros é uma pena, temos sede de mais, é como se algo ficou por dizer. Há casos em que um fim não chega e por isso temos de dar continuidade, precisamos de mais livros, mais gerações, mais história e mudanças. Precisamos de mais. Afinal não são apenas os livros que me agradam.



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